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Jornal Caderno Jurídico



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Chapas que concorrem à presidência da Aciu têm integrantes investigados por fraudes em licitações

Celso Zolim, da “Unidos por Umuarama” é réu em processo criminal denunciado pelo Gaeco. Thiago Ronqui, da “Avante Umuarama” está na mira do Ministério Público por superfaturar Coffe break na Prefeitura de Umuarama.

3/5/2022 às 17h10
Reprodução Gaeco Chapas que concorrem à presidência da Aciu têm integrantes investigados por fraudes em licitações Parte da denúncia do Gaeco que virou processo criminal onde Celso Zolim é réu e pode parar na cadeia

A eleição para a presidência de uma das maiores associações comerciais do Noroeste do Paraná, a Aciu de Umuarama, corre o risco de ser adiada ou suspensa até que a bagunça seja resolvida. A votação está marcada para esta quarta-feira, 4, das 9 às 17 horas. As duas chapas registradas possuem integrantes que respondem processos na Justiça por crimes de licitação. De ambos os lados há membros com BOs “nervosos” no Gaeco de Cascavel e no Ministério Público de Umuarama.

O primeiro é José Celso Zolim, registrado como candidato a 2º vice-presidente na chapa “Unidos por Umuarama”. Essa chapa tem como candidato a presidente Miguel Fuentes Romero Neto, diretor da Sorveres Guri. Celso Zolim, que já presidiu a Aciu em oportunidades anteriores, é réu em processo criminal que tramita em Iporã (autos 0003189-13.2019.8.16.0094 apenso aos autos 0001859-15.2018.8.16.0094).

De acordo com o Gaeco, Núcleo de Cascavel, em denúncia apresentada dia 29 de outubro de 2019, assinada pela combativa Promotora de Justiça Juliana Vanessa Stofela da Costa, o empresário Celso Zolim, diretor da Materiamil, junto com João Pedro Gea Maruche (na época secretário de licitações de Iporã), Altair Alberto Wiederkehrs (representante da empresa Supercoluna Indústria de pré-moldados), Adriano Marques Dias (representante da Nippon Iron & Stell), Ademar Pawlowski (representante da Minerpal Palotina), Paulo Cesar Mantelatto (representante Tevere S/A) e com Roberto da Silva, o Robertinho, prefeito de Iporã de 2017 a 2020, participaram, com ciência da ilicitude, voluntária e deliberadamente mancomunados, da elaboração de licitação fraudada em seu caráter competitivo, mediante o ajuste entre todos, para obtenção de vantagem decorrente da adjudicação do objeto às empresas dos réus.

O Gaeco aponta que houve a montagem pura e simples do procedimento licitatório número 63/2018, pregão presencial 33/2018, vez que inexistiu concorrência entre as empresas, mas uma simulação integral do procedimento. Nem parecer jurídico houve, que dirá a sessão de julgamento do pregão. Consulta ao portal da transferência de Iporã revela que a licitação fraudulenta foi de R$ 1.896.374,20. Atualmente o processo está para audiência de instrução e julgamento.

O segundo é Thiago Ronqui, candidato a membro do conselho fiscal na chapa “Avante Umuarama” que tem como candidato a presidente Clóvis Bruno Filho, franqueado do O Boticário. Thiago Ronqui (T. Ronqui Distribuidora e Prestadora de Serviços e Fraw Distribuidora), o Mercado Ronqui, é investigado pelo Ministério Público de Umuarama por fraude em licitações. A treta é o esquema que ficou conhecido como o “Mercado Ipiranga de Umuarama”, que na gestão de Celso Pozobom vendia para a Prefeitura de ripão a placa vibratória. Em 2019 foi objeto de denúncia dos vereadores Ana Novaes, Deybson Bitencourt, Jones Vivi e Mateus Barreto. Também ficou conhecido como o “Coffe break” da secretaria de Saúde – uma “pausa para o café superfaturado”. Entre os produtos estavam refrigerante Rio Branco mais caro do que Coca-Cola.

O inquérito civil 0151.19.008726-3 Redmine 85.662 está sendo conduzido pelo valente Promotor de Justiça Fábio Hideki Nakanishi, da 5ª Promotoria da Comarca de Umuarama. A investigação tem participação do CAEx (Centro de Apoio Técnico à Execução), NATE (Núcleo de Apoio Técnico Especializado) e da 8ª URATE (Unidade Regional de Apoio Técnico Especializado) do Ministério Público.

Relatórios de auditoria do MP revelam que o superfaturamento dos produtos adquiridos pelas empresas de Thiago Ronqui totaliza R$ 26.883,42. “Preços de Itú” foram pagos em bolos, esfirras, pão de queijo, empadas e até refrigerantes. Este último, por exemplo, da marca Rio Branco, custou mais caro do que Coca-Cola. Atualmente o inquérito está em carga com o promotor Nakanishi para manifestação.

 

Bom exemplo

Acreditamos que a Aciu, através de sua presidência e diretoria jurídica, tome providências para não manchar a credibilidade da associação. A Aciu pode sofrer debandada de associados, crucial à instituição. Hoje a Aciu é uma das maiores agremiações de apoio ao comércio e a indústria da região Noroeste.

 

Anderson Spagnollo
Da Redação
contato@cadernojuridico.com.br

 

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