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Jornal Caderno Jurídico



NOTÍCIAS

Caos em Iporã! Prefeito e todos os vereadores envolvidos em corrupção!

Uma organização criminosa dentro da Prefeitura de Iporã dedicada à prática de crimes licitatórios

25/6/2020 às 14h30
Divulgação/Câmara Caos em Iporã! Prefeito e todos os vereadores envolvidos em corrupção! Presidente da Câmara, João Francisco Sibim, do PSDB. Está há 28 anos na vida pública. Agora o vereador de sete mandatos é afastado pela Justiça por envolvimento em esquemas de corrupção.

O Ministério Público do Paraná, por meio da Promotoria de Justiça de Iporã, através do promotor Alan Bolzan Witczak, deflagrou quatro operações, executadas com apoio do núcleo de Cascavel do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Polícia Federal. A Justiça emitiu, dia 9 de junho, mandados de busca e apreensão contra vereadores de Iporã e determinou o afastamento do presidente da Câmara, João Francisco Sibim e mais dois servidores, a prisão do secretário de Licitações, Raulino Vilvert da Silva e de três empresários e a suspensão de contratos do Município com uma empresa investigada. No total das quatro operações, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, em residências, em gabinetes de vereadores, no setor de licitações da Prefeitura e na sede de uma empresa.

 

Operação Voto Caro

Atendendo pedido da Promotoria Eleitoral de Iporã, a Justiça Eleitoral expediu oito mandados de busca e apreensão, cujo cumprimento foi realizado pela Polícia Federal, buscando apurar a prática de crimes eleitorais durante o pleito de 2016 (compra de votos). Foram alvos da operação vereadores no exercício do mandato.

 

Operação Rescaldo

Com apoio do Gaeco, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em investigação cível que apura a prática de atos de improbidade de vereadores de Iporã, decorrentes de enriquecimento ilícito ante a evolução patrimonial incompatível com o trabalho exercidos pelos investigados.

 

Operação Intermezzo

A investigação apura a prática dos crimes de falsidade ideológica, organização criminosa e crime contra a lei de licitações, em prejuízo ao Município. Com apoio do Gaeco, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão. Decisão judicial relativa a essa operação determinou a suspensão do exercício da função pública do atual presidente da Câmara de Vereadores, João Francisco Sibim e de outros dois servidores do Legislativo. Dia 11, o vice-presidente Edmilson Ferreira dos Santos assumiu por tempo indeterminado. Ele é alvo na Operação Rescaldo, com buscas e apreensões.

 

Operação Overbooking

A investigação apura a prática dos crimes de organização criminosa e crime contra a lei de licitações, em prejuízo ao Município de Iporã. Também com apoio do Gaeco de Cascavel, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão. Decisão judicial no âmbito dessa operação determinou a prisão do atual secretário de Licitações de Iporã, Raulino Vilvert da Silva e de outras três pessoas, bem como a suspensão de contratos do Município com a Ribeiro & Quessa Intermediações Ltda. Também foi alvo de mandado de busca e apreensão e da proibição de contato com os investigados o ex-secretário de Licitações, João Pedro Gea Ribeiro, preso na Operação Cleptocracia, deflagrada em outubro de 2019.

 

Cleptocracia: organização criminosa dentro da Prefeitura

Promovida pelo Gaeco de Cascavel e pela Promotoria de Justiça de Iporã, a Operação Cleptocracia revelou a existência de organização criminosa dedicada à prática de crimes licitatórios, corrupção passiva, falsidade ideológica e peculato, resultando no afastamento do prefeito Roberto da Silva (Robertinho) e da procuradora então em exercício e na prisão de cinco pessoas, com o cumprimento de 40 mandados de busca e apreensão em diversas cidades e na suspensão de contratos de 12 empresas investigadas. Em caráter de liminar Robertinho foi afastado em janeiro deste ano e o juízo de Iporã, a pedido do Ministério Público, bloqueou bens no valor de 12,4 milhões.

João Pedro Gea Ribeiro é irmão de Edna Gea Maruche Ribeiro, tio de Flávia Gea Ribeiro Quessa e cunhado de João Vicente Ribeiro, proprietárias e procurador (sócio- proprietário oculto), respectivamente, da pessoa jurídica Ribeiro & Quessa Intermediações Ltda., com a qual o Município firmou contratos ao longo de 2017, 2018 e 2019, após lograr êxito nos procedimentos licitatórios pregão número 20/2017, pregão 34/2018 e pregão presencial 05/2019, com participação ativa de João Pedro Gea, que, inclusive consta como fiscal dos contratos desde o ano de 2017, além de dispensas de licitação realizadas no ano de 2020.

 

Todos os vereadores respondem ações na Justiça

Se os denunciados tivessem vergonha na cara, não falariam em política nunca mais.

Todos os vereadores de Iporã respondem a ações na Justiça. O presidente João Sibim foi afastado na Operação Intermezzo, mas também foi alvo da Operação Voto Caro, com buscas e apreensões. Os vereadores Marcelo Gomes do Nascimento, Humberto Favetta Filho, Sérgio Luiz Borges, Adão Alves Pimentel, Bruno Oliveira dos Santos e Devair Martins de Oliveira foram alvos da Operação Voto Caro, com buscas e apreensões. E Vanderlei de Jesus Antunes e Edmilson Ferreira dos Santos foram alvos da Operação Rescaldo, com buscas e apreensões.

De acordo com o Ministério Público, o montante total ainda se averigua, porém, a princípio estima-se que a lesão ao erário chega à soma de R$ 450.000,00.

Matéria publicada no jornal impresso Coluna D'Oeste, de 19 de junho de 2020. Acesse jornalcoluna.com.br.

 

Da Redação
contato@cadernojuridico.com.br

Com informações Assessoria de Comunicação
Ministério Público do Paraná

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