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Jornal Caderno Jurídico



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Bolsonaro teme transição de poder não pacífica na Venezuela

Ditador Nicolás Maduro, amigo do presidiário Lula, deve sair. Acabou com o país e precisa "vazar".

24/1/2019 às 11h13 | Atualizado em 24/1/2019 às 11h15
Reuters/Carlos Garcia Rawlins Bolsonaro teme transição de poder não pacífica na Venezuela Juan Guiadó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, declarou-se presidente interino do país

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo brasileiro acompanha com “muita atenção” os desdobramentos da crise na Venezuela. Ele admitiu que teme um processo de transição não pacífico entre o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o interino, Juan Guaidó. Segundo ele, o Brasil “está no limite” do que pode fazer em relação ao país vizinho.

“A história tem mostrado que as ditaduras não passam o poder para a respectiva oposição de forma pacífica. Nós tememos as ações do governo ou melhor da ditadura do governo Maduro”, afirmou Bolsonaro em entrevista à TV Record no intervalo do Fórum Econômico Mundial (Davos, na Suíça).

Para o presidente, o mesmo temor é compartilhado por outros países. “Obviamente há países fortes dispostos a outras consequências”, ressaltou. “O Brasil acompanha com muita atenção e nós estamos no limite do que podemos fazer para restabelecer a democracia naquele país”, acrescentou.

Bolsonaro disse que a preocupação do Brasil é com a população venezuelana. “Desde há muito nós falamos que o bem maior de um homem e uma mulher é a sua liberdade e que [para o] povo venezuelano, nós queremos restabelecer sua liberdade.”

 

Reconhecimento

Ontem, 23, o Brasil foi um dos primeiros países na América Latina a reconhecer Juan Guiadó como presidente interino da Venezuela. Em sua conta no Twitter, Bolsonaro, postou mensagem de apoio a Guaidó. Ao lado de líderes estrangeiros, o presidente reiterou a colaboração brasileira ao governo recém-declarado.

“O Brasil apoiará política e economicamente o processo de transição para que a democracia e a paz social voltem à Venezuela”, disse na rede social. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil também divulgou comunicado sobre o reconhecimento de Guaidó.

Nesta quarta-feira, Guaidó, que é o presidente da Assembleia Nacional, se declarou presidente interino da Venezuela durante juramento numa rua de Caracas. Antes do juramento, ele reiterou a promessa de anistia aos militares que abandonarem Maduro e apelou para que fiquem “do lado do povo”.

 

Repercussão internacional

O governo dos Estados Unidos se manifestou reconhecendo Guaidó como presidente da Venezuela. A decisão foi reforçada pelo presidente, Donald Trump, e pelo vice-presidente, Mike Pence, em suas contas na rede social Twitter. O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, Luis Almagro, também reconheceu Guaidó e felicitou o deputado pelo juramento.

 

Entenda o caso

A situação na Venezuela se agravou após a eleição de Maduro para novo mandato, o que é contestado pela comunidade internacional. Ele tomou posse em 10 de janeiro na Suprema Corte.

Para Brasil, o Grupo de Lima, que reúne 14 países, e a Organização dos Estados Americanos (OEA), o mandato é ilegítimo e a Assembleia Nacional Constituinte deve assumir o poder com a incumbência de promover novas eleições.

Guaidó chegou a ser preso e liberado. A Assembleia Nacional, então, declarou “usurpação da Presidência da República” por Maduro.

O ditador, socialista e comunista Nicolás Maduro, que é amigo do presidiário Lula e da turma do PT, acabou com a Venezuela. O povo está passando fome. E morrendo. A crise é tão grave que não há comida no mercado.

 

Da Redação
contato@cadernojuridico.com.br

Com informações
Agência Brasil
pauta@ebc.com.br

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