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Jornal Caderno Jurídico



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Sergio Moro será superministro da Justiça e Segurança Pública

Juiz da Lava Jato aceita o convite para ser ministro do governo Bolsonaro - é desenhado um novo Brasil com agenda anticorrupção

1/11/2018 às 13h57 | Atualizado em 1/11/2018 às 14h36
Henrique Coelho Sergio Moro será superministro da Justiça e Segurança Pública Moro já anuncia que vai implementar “forte agenda anticorrupção e anticrime”. Na foto ao lado do também futuro ministro de Bolsonaro, economista Paulo Guedes

O juiz federal Sergio Moro, que comanda as investigações da Operação Lava Jato, aceitou nesta quinta-feira (1º) o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro e será o ministro da Justiça e Segurança Pública. O anúncio foi feito por Moro, em nota. “Após reunião pessoal, na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite”, afirma. Ida de Moro para ministério abre caminho para nomeação ao Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro fez os dois convites.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, confirmou o nome de Moro no ministério. “Sua agenda anticorrupção, anticrime organizado, bem como o respeito à Constituição e às leis será o nosso norte”, escreveu o presidente eleito. Em suas redes sociais, Bolsonaro anunciou a fusão das pastas da Justiça e da Segurança Pública.

Sergio Moro ficou cerca de uma hora e meia com o presidente eleito. Ao sair da reunião, acenou para as pessoas que se aglomeravam em frente à casa, mas não deu entrevista.

A ida do juiz Sergio Moro para o ministério da Justiça e Segurança Pública abre caminho para sua nomeação no Supremo Tribunal Federal (STF).

O juiz lamentou abandonar 22 anos de magistratura. “No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito à Constituição, à lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Para ele, na prática o cargo significa “consolidar os avanços contra o crime e a corrupção e afastar riscos de retrocessos por um bem maior”.

Segundo Moro, a Operação Lava Jato continuará em Curitiba. “Para evitar controvérsias desnecessárias, devo, desde logo, afastar-me de novas audiências”, acrescentou.

Natural de Maringá (PR), Sergio Fernando Moro, além de magistrado é escritor e professor universitário. Graduado em Direito pela Universidade Estadual de Maringá, tem mestrado e doutorado pela Universidade Federal do Paraná. É juiz federal desde 1996, com especialização em crimes financeiros.

No julgamento do mensalão, Moro auxiliou a ministra Rosa Weber, no Supremo Tribunal Federal (STF).

Veja a íntegra da nota divulgada por Sergio Moro

“Fui convidado pelo Sr. presidente eleito para ser nomeado ministro da Justiça e da Segurança Pública na próxima gestão. Apos reunião pessoal, na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite. Fiz com certo pesar, pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito à Constituição, à lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava Jato seguirá em Curitiba, com os valorosos juízes locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências. Na próxima semana, concederei entrevista coletiva com maiores detalhes.”

 

Sergio Moro no STF

A ida do juiz Sergio Moro para o ministério da Justiça e Segurança Pública abre caminho para sua nomeação no Supremo Tribunal Federal (STF). O último juiz federal de carreira que se tornou ministro do STF foi Carlos Velloso. Em 2020 abre uma vaga no Supremo e o presidente Jair Bolsonaro poderá - e já afirmou que vai - indicar o juiz Sergio Moro.

 

Moro não julgará mais o Lula

Com a decisão de se afastar do Judiciário, Moro não julgará mais Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente é réu em dois processos da Lava Jato. Em 14 de novembro, ele seria interrogado por Moro na ação que apura a compra do sítio de Atibaia.

O segundo processo que tem Lula como réu no Paraná está relacionado a compra de um terreno onde seria construída uma nova sede do Instituto Lula – que não chegou a ser erguida – e de um apartamento vizinho ao do ex-presidente em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

Sergio Moro anunciou que desde já está afastado das novas audiências.

 

Da Redação
contato@cadernojuridico.com.br

Com informações G1

Com informações Agência Brasil
Luiza Damé
pauta@ebc.com.br

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