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Jornal Caderno Jurídico



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Julgamento no TJ-SC é suspenso após advogado acusar desembargador de pedir propina

Gravidade da denúncia exige uma rápida apuração dos fatos com toda a transparência necessária e respeito aos princípios legais

3/8/2017 às 22h35 | Atualizado em 3/8/2017 às 22h36
Julgamento no TJ-SC é suspenso após advogado acusar desembargador de pedir propina

Não se fala noutra coisa no meio jurídico em Santa Catarina. O clima esquentou no Tribunal de Justiça quinta à tarde. Durante a sustentação oral na 1ª Câmara Cível, o advogado Felisberto Odilon Córdova acusou o desembargador Eduardo Gallo, relator do processo, de ter lhe feito uma proposta pedindo R$ 700 mil para julgar favoravelmente aos interesses do cliente.

A causa envolve uma disputa de R$ 35 milhões (agravo de instrumento interposto em execução de honorários). Bastante exaltado, Córdova não economizou nas críticas e exigiu apuração do Ministério Público.

“Este julgamento merece ser impugnado porque ele está comprado”, bradou o advogado do púlpito.

Diante da denúncia considerada infundada pelo desembargador, Gallo exigiu que se desse ordem de prisão ao advogado. Reclamou dos excessos verbais e disse nunca ter sido chamado de vagabundo em 25 anos de magistratura. Para acalmar os ânimos, o presidente da Câmara, desembargador Raulino Brunning, pediu vista dos autos, suspendeu o julgamento e decidiu oficiar o Ministério Público e OAB para acompanharem o caso.

Um vídeo que mostra o momento do auge da discussão circulou rapidamente em grupos sociais na internet. O presidente da OAB-SC, Paulo Brincas, determinou a instauração de uma comissão que será presidida por ele para apurar os fatos. O presidente em exercício do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, desembargador Alexandre d'Ivanenko, também informou por meio da Assessoria de Comunicação que já tinha ciência do ocorrido e pretende analisar o caso para depois se manifestar.

 

Denúncia grave

Independentemente da polêmica, a gravidade da denúncia exige uma rápida apuração dos fatos com toda a transparência necessária e respeito aos princípios legais. Caberá à OAB, Tribunal e Justiça e ao próprio Ministério Público assumirem o protagonismo do caso, evitando que o tema fique restrito aos compartilhamentos nas redes sociais. Inclusive pelo bem da carreira dos envolvidos.

Por enquanto, o mundo jurídico ainda está estupefato diante do episódio. (Com informações de Rafael Martini / DC)

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