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Lava Jato: Fachin afasta Aécio Neves; pedido de prisão será decidido em plenário

Senador do PSDB segundo colocado nas últimas eleições para presidente foi flagrado em gravação pedindo R$ milhões à JBS para pagar advogado.

18/5/2017 às 14h42 | Atualizado em 18/5/2017 às 14h53
Lava Jato: Fachin afasta Aécio Neves; pedido de prisão será decidido em plenário

Anderson Spagnollo
Da Redação

Horas depois da revelação das gravações em que Aécio Neves aparece pedindo R$ 2 milhões ao dono do frigorífico JBS, Joesley Batista, o ministro do STF, Luiz Edson Fachin, determinou o afastamento do senador do PSDB. Ainda na noite de ontem (17/5) a Procuradoria-Geral da República pediu a prisão preventiva de Aécio com base na delação premiada do empresário da Friboi. Fachin é o relator da Lava-Jato no Supremo e decidiu que o pedido de prisão será analisado pelo plenário da corte. Isso pode ocorrer nas próximas horas. A bomba que estremece a política apareceu na versão online do jornal O Globo, ontem (17/5), na coluna do jornalista Lauro Jardim. A delação está sob sigilo, mas pode ser revelada a qualquer momento. Aí os brasileiros ouvirão e assistirão a essas gravações.

O Globo divulgou que os dois milhões foram entregues a um primo de Aécio. A cena foi devidamente filmada pela Polícia Federal, que rastreou o caminho dos reais e descobriu que eles foram depositados numa empresa do senador Zeze Perrella, do PSDB de Minas Gerais. Também foi publicado que um dos donos da JBS (Joesley) relatou na delação que o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, era o seu contato no PT. Era com o ex-ministro da Fazenda de Lula e Dilma Rousseff que o dinheiro de propina era negociado para ser distribuído aos petistas e aliados. Mantega também operava os interesses da JBS no BNDES.

Ainda de acordo com o jornalista Lauro Jardim, Joesley revelou também que pagou R$ 5 milhões para Eduardo Cunha após sua prisão, valor referente a um saldo de propina que o peemedebista tinha com ele. Disse ainda que devia R$ 20 milhões pela tramitação de lei sobre a desoneração tributária do setor de frango.

 

Ações controladas da PF

Pela primeira vez na Lava-Jato foram feitas "ações controladas", num total de sete. Ou seja, um meio de obtenção de prova em flagrante, mas em que a ação da polícia é adiada para o momento mais oportuno para a investigação. Significa que os diálogos e as entregas de malas (ou mochilas) com dinheiro foram filmadas pela PF. As cédulas tinham seus números de série informados aos procuradores. Como se fosse pouco, as malas ou mochilas estavam com chips para que se pudesse rastrear o caminho dos reais. Nessas ações controladas foram distribuídos cerca de R$ 3 milhões em propinas carimbadas durante todo o mês de abril. (Com informações do O Globo)

 

Fotos

Nas fotos, a Polícia Federal filmou o primo de Aécio, Frederico Pacheco de Medeiros, pegando, a mando de Aécio, R$ 1,5 milhão em propina — três quartos dos R$ 2 milhões que Aécio pediu, sem saber que era gravado, para Joesley. As cenas abaixo mostram a primeira entrega, ocorrida em 12 de abril deste ano. (Imagens cedidas pela PF e publicadas no O Globo)

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