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Jornal Caderno Jurídico

Política

Três novas etapas da Lava Jato são mais arrasadoras ainda

18/4/2017 às 17h10 | Atualizado em 18/4/2017 às 17h11 - Luiz Flávio Gomes
Luiz Flávio Gomes

Frases mentirosas dos políticos estão virando pó. A implosão jurídica do velho sistema político-empresarial corrupto (pela Odebrecht e pela Lava Jato) está seguindo as cinco etapas planejadas. A primeira se deu com os vazamentos de algumas delações tsunâmicas (desde dez/16).

A segunda etapa começou dia 12/4/17 e ainda está em andamento: vídeos e textos da Odebrecht, com a narrativa de todos os detalhes da venalidade do poder perverso, envolvendo praticamente todos os partidos. O sistema foi inteiramente “comprado” pela Odebrecht e cia. O poder da riqueza cooptou o poder político.

As três etapas seguintes são muito mais arrasadoras para a classe política e empresarial corrupta: (a) provas documentais, digitais e bancárias; (b) mais provas vindas do acordo de leniência da Odebrecht (provas de negociatas de 2000 a 2016); (c) novas delações (das empreiteiras OAS, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, de Palocci, Cunha, Marqueteiros, Paulo Preto em SP do esquema do PSDB, Dimas Toledo no esquema Furnas etc.).

Chegaram da Suíça e estão nas mãos do PGR mais de 2 milhões de documentos, e-mails e transferências bancárias (tudo referente às contas bancárias da Odebrecht em bancos Suíços).

A delação só se converte em prova quando amparada em documentos, contratos fictícios, transferências bancárias, extratos, registros telefônicos, confissões, testemunhos e outras materialidades.

O sistema está juridicamente implodido. Está morto. Mas precisa ser sepultado. E agora? O Brasil não pode parar. Temos que preservar as melhoras econômicas e preservar com toda força a Lava Jato. É intolerável qualquer tipo de ataque injusto contra a Lava Jato.

As reformas, feitas com justiça, têm que acontecer, buscando-se mais consensos. A reforma política tem que ser discutida seriamente com a sociedade. O velho já morreu e o novo ainda não nasceu. Mas não tem salvador da pátria.

Temos que aprovar um novo Estatuto dos Partidos Políticos, que devem ser totalmente reestruturados. Os velhos corruptos devem ser faxinados, abrindo-se espaço para novas lideranças ficha-limpa, comprometidas com o combate à corrupção, às desigualdades e às injustiças.

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