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Jornal Caderno Jurídico

Direito Civil e Processual Civil

Mulheres... continuem sendo superpoderosas...

15/3/2017 às 0h53 | Atualizado em 15/3/2017 às 0h53 - Ana Cecília Parodi
Ana Cecília Parodi

Olá leitores e ouvintes, tudo bem com vocês? Bem-vindos à coluna “O Direito é Todo Seu” pelo jornal Caderno Jurídico e pela BandNews FM 96,3!

Chegamos, novamente, ao Dia Internacional das Mulheres e, por coincidência, estava escrevendo numa petição o início do artigo 5º, da Constituição Brasileira, que fala que homens e mulheres são iguais, em direitos... e em deveres.

Escrevendo e falando um pouco sobre História, as mulheres ingressaram com mais força no mercado de trabalho, em três etapas emblemáticas: na Revolução Industrial, depois a 1ª Guerra e já durante a 2ª Guerra Mundial. Na Revolução Industrial, foi porque só a força de trabalho masculina não daria conta das urgentes demandas de um mercado produtor que fervilhava e que, de uma hora para outra, exigia a participação de todos. Crianças e mulheres, quem respirasse, estava escalado.

Já o fenômeno das Guerras seguia a lógica que os homens e rapazes eram enviados para o front e as mulheres ficavam responsáveis pelas casas, pelos filhos e.... pelo sustento da família.

Mas os homens voltaram das guerras e depois de tanto sacrifício pessoal queriam, claro, encontrar um mundo igual ao que deixaram para trás... Esposas em casa, empregos disponíveis majoritariamente ... para eles. Mas, a vida como eles conheciam já não existia mais e as mulheres ocupavam espaço. Entretanto, tiveram que enfrentar o desgosto masculino, porque elas não eram mais bem-vindas nas fábricas e nas empresas. Nesse contexto, as mulheres estariam roubando as oportunidades dos homens, porque, enquanto as mulheres trabalhavam, muitos homens estavam... no sofá de casa.

E por isso, por décadas, as mulheres ficaram relegadas a ocupar espaços de menor prestígio. Serviços de grande importância, mas que não apareciam ou que eram menos valorizados. Pela mesma carga de trabalho as mulheres ganhavam um salário muito menor. Quando chegavam a um cargo de liderança, pairava a desconfiança: ela chegou lá por méritos ou pela beleza e outros atributos femininos?

Parece hoje em dia, né?

Foram necessárias muitas lutas, muitas batalhas jurídicas e sociais para diminuir as fricções de mercado e diversas leis foram editadas para e reduzir essas diferenças.

E entre elas, em 1988, o artigo 5º da Constituição, que escreveu, textualmente, que homens e mulheres são iguais, em direitos e deveres.

Mas eu fico pensando que uma sociedade realmente evoluída não precisaria de uma lei para dizer o óbvio. Pessoas evoluídas se admiram e se respeitam – se edificam mutuamente. Pessoas evoluídas se sentem iguais umas às outras, valorizando as diferenças e aproveitando para aprender e se complementar.

Acho muito deprimente quando eu escuto homens sendo grosseiros e dizendo: ué, vocês não queriam direitos iguais? É um retrocesso “lá para aqueles dias do pós-guerra” em que os homens se sentiam roubados em seu espaço.

Então vamos combina assim? Homens, continuem fazendo o seu melhor, porque vocês são maravilhosos. Continuem valorizando as mulheres em cada posição ocupada por elas. Continuem sendo cavalheiros, gentis, companheiros, sensíveis e incríveis. E, mulheres, vamos continuar fazendo o nosso melhor, sendo superpoderosas em cada espaço, em cada tarefa, companheiras, amigas... Quem sabe se a gente fizer um pacto de ser a melhor versão de nós mesmas, a gente consiga subir o nível do planeta.         

E hoje eu quero deixar um beijo especial para todas as mulheres superpoderosas da equipe do Caderno Jurídico e da BandNews FM. E para todos os homens que tornam as nossas vidas incríveis. A todos os meus amigos, um dia excelente, repleto de ótimas notícias. Até a próxima coluna!

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