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Jornal Caderno Jurídico



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Henrique segue na mira do MP por não investir em Educação

Conselho Tutelar também está pedindo intervenção para vaga no CEMEI

2/11/2023 às 17h24
Divulgação Henrique segue na mira do MP por não investir em Educação Prefeito Henrique e a vice professora Silvana: 13 meses para o fim do governo e não conseguem construir uma simples creche

A promessa de investir de fato em educação para não deixar os cidade-gauchenses desamparados não está sendo cumprida pelo prefeito Henrique Domingues, popular Henrique da Farmácia. O político bom de lábia não obedece a Constituição e prejudica dezenas de famílias. Faltando 15 meses para o fim do mandato, Henrique não consegue construir uma simples creche e zerar as filas de espera no maternal e no berçário. O descaso da gestão é visível. Henrique gasta mal o dinheiro da Prefeitura. Prefere pagar com recursos livres, por exemplo, mais de R$ 120 mil em shows e aluguel de palco, do que construir modestas salas de aulas e cuidar dos bebês para que os pais possam trabalhar. Ano passado a situação chegou ao Ministério Público, que colocou o prefeito na linha de investigação. E dias atrás o Conselho Tutelar também pediu a intervenção da Justiça.

Para que o estimado leitor possa ter noção da inércia, o 1º bebê da fila no maternal teve a vaga solicitada pelos pais em janeiro. Se vão quase 10 meses. No berçário a situação é semelhante: o 1º da fila espera há 7 meses. Em 2022, a falta de vagas na educação infantil de Cidade Gaúcha somava 27. Hoje são 66 (atualização de 29/8).

O Ministério Público do Paraná, através da Promotoria de Justiça da Comarca de Cidade Gaúcha, com atuação das promotoras Clara de Campos Martins Rodrigues e Renata Melo Boaventura, abriu inquérito (0037.22.000672-2 – acesse jornalcoluna.com.br e cadernojuridico.com.br e leia matéria publicada no jornal de 23/6/2023) e apura a violação do direito à educação infantil, diante da oferta irregular de vagas em creches. Em abril deste ano uma Recomendação Administrativa foi feita pelo MP, direcionada ao prefeito Henrique e à secretária de Educação Ducileia Bilk dos Santos, dando ultimado aos dois: que implantassem até maio ações necessárias para atendimento de todas as crianças de 0 a 3 anos que atualmente se encontram na lista de espera da rede municipal de ensino, oportunizando acesso integral à educação infantil. O MP também recomendou que o Município fizesse concurso público para contratar profissionais da educação. Até este jornal ir à gráfica, quinta-feira, 21, às 20 horas, não constava no sítio (site) do MP a informação que o prefeito Henrique e a secretária Ducileia haviam atendido a Recomendação.

 

Conselho Tutelar age em defesa de bebê

Dia 11 de agosto, o Conselho Tutelar de Cidade Gaúcha encaminhou ofício à promotora Renata Melo Boaventura, solicitando intervenção do órgão ministerial para aquisição de vaga no CMEI (Centro Municipal de Educação Infantil). Pais procuraram o Conselho, porque a mãe conseguiu trabalho no frigorífico da Somave e não tem condições de contratar cuidadora para o filho de 1 ano e meio. Os pais relataram às conselheiras que a criança frequentava o CMEI de Santa Izabel do Ivaí, onde residiam. Em razão de mudança de cidade, almejando trabalho e melhores condições, os pais vieram para Cidade Gaúcha e estão se deparando com o descaso por parte do prefeito Henrique e da secretária Ducileia.

 

Reclamação registrada na Ouvidoria do Ministério Público

Na semana anterior, dia 3 de agosto, às 9h59, pela internet, a Ouvidoria-Geral do Ministério Público do Paraná, de acordo com o atendimento 2779/2023, registrou mais uma situação de falta de vaga no CMEI Lauro Mulher, de Gaúcha. A mãe relatou que o pedido foi feito há 3 meses e que até agora nada de chamarem. “Trabalho e preciso de uma vaga. Escola é direito de todos”, consta no chamado.

Prontamente, às 13h47, do dia 3, o Procurador de Justiça Ouvidor-Geral do MP, João Henrique Vilela da Silveira, expediu ofício à Promotoria de Justiça da Comarca de Cidade Gaúcha, encaminhando o processo para conhecimento e adoção das medidas que se mostrarem pertinentes. “Autorizo, desde logo, por questão de praticidade, a juntada das respostas vinculadas ao despacho inicial, com nova conclusão, se for o caso, para ciência e outras providências que forem necessárias”, informa o despacho. O inquérito está em carga com a Promotoria desde 14 de agosto.

 

Henrique gasta mal dinheiro da Prefeitura

O dinheiro em caixa – os recursos livres – não está sendo bem gasto pelo prefeito Henrique. Vários são os exemplos. Leia alguns:

Ao invés de implementar medidas de controle rígido na utilização de serviços de telefonia, o prefeito Henrique assinou, em fevereiro deste ano, contrato com a Vivo para um plano de celular que custa R$ 17.595,60 por ano aos cofres públicos de Gaúcha – o dinheiro do IPTU, por exemplo. Contrato 5/2023. No portal da transparência não há informação de quantas linhas são.

O valor do pregão presencial 53/2023 destinado à aquisição de peças e acessórios para os veículos da frota é de fazer inveja aos Municípios bem maiores do que Gaúcha: R$ 1.434.500,00. Um detalhe curioso no item 30. Peças para uma moto YBR/125 ano 2004 por R$ 4.200,00. Curioso é que a Fipe da motoca gira em torno de R$ 3.523,00.

Na dispensa de licitação 17/2023, em junho deste ano, com a assinatura do prefeito Henrique, foram gastos R$ 53.840,44 para contratar a empresa Nordestina Servizi Terceirizados (CNPJ 48.012.804/0001-37). Isso mesmo estimado leitor. Está escrito Nordestina. A licitante é de Olinda, no Pernambuco, distante cerca de 3 mil quilômetros do Paraná. A Servizi forneceu serviços especializados de limpeza comum nas edificações da Secretaria de Educação. Os R$ 53,8 mil foram pagos em duas vezes.

E no pregão 35/2022 outra situação chama atenção. Na ata de registro de preços 51/2022 para compras de refrigerantes e sucos, visando atender reuniões, a Pepsi 2 litros custou R$ 8,49, a Sukita 2 litros R$ 7,19 e o suco caixa 1 litro R$ 7,19. Tendo a ciência (assinatura) do prefeito Henrique, o pregão apresenta sinais de sobrepreço, ou seja, alguns itens estão muito acima dos valores praticados nos principais Supermercados da cidade e região. Esse pregão totalizou R$ 58.877,20 e foi vencido pelo T Ronqui Atacadista, de Umuarama. No item do suco de 1 litro, são para 2.000 unidades (total de R$ 14.380,00).

A Câmara de Vereadores de Cidade Gaúcha precisa ter olho vivo no dinheiro público e exigir que o prefeito pare de gastar à toa, construa uma creche e contrate professores. É lei! É direito do cidadão.

 

Anderson Spagnollo
Da Redação
contato@cadernojuridico.com.br

 

Matéria publicada no jornal impresso Coluna D'Oeste, de sexta-feira, 22 setembro de 2023, nas páginas 6 e 7. Acesse também www.jornalcoluna.com.br e folheie o berliner pelo celular acompanhado de um café ou um chimarrão.

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