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Jornal Caderno Jurídico



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PF prende suspeitos de invadir o celular do ministro Sergio Moro

O objetivo da operação Spoofing é desarticular organização criminosa que praticava crimes cibernéticos

24/7/2019 às 3h25 | Atualizado em 24/7/2019 às 3h49
Fernando Oliveira/PRF PF prende suspeitos de invadir o celular do ministro Sergio Moro Quatro suspeitos (3 homens e 1 mulher) de roubar dados do celular do ministro Sergio Moro foram presos nesta terça-feira

Nesta terça-feira, 23, policiais federais detiveram, no estado de São Paulo, quatro suspeitos de acessar, sem autorização, o telefone celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Os detidos também são suspeitos de terem interceptado e divulgado parte das comunicações do ministro. Eles foram transferidos para Brasília para serem ouvidos, ainda à noite. Os mandados foram emitidos pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, titular da 10ª Vara Federal de Brasília.

Em nota, a Polícia Federal se limitou a informar que os quatro suspeitos foram detidos em caráter temporário nas cidades de Araraquara, São Paulo e Ribeirão Preto e integram uma organização criminosa que pratica crimes cibernéticos. Também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão.

A operação foi batizada de Spoofing, expressão relativa a um tipo de falsificação tecnológica, que procura enganar uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável quando, na realidade, não é.

Ainda de acordo com a PF, as investigações seguem para que sejam apuradas todas as circunstâncias dos crimes praticados. Procurado, o ministro Sergio Moro ainda não se pronunciou sobre o assunto.

A assessoria da PF informou que, por ora, não fornecerá detalhes a fim de não atrapalhar as investigações.

No começo de junho, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que hackers tinham tentado invadir o telefone celular de Moro. De acordo com a pasta, o ministro só percebeu a tentativa no dia 4 de junho, quando recebeu uma ligação do seu próprio número. Após a chamada, Moro recebeu novos contatos por meio do aplicativo de mensagens Telegram, que o ministro afirma que já não usava há cerca de dois anos. Imediatamente, o ministrou abandonou a linha e acionou a Polícia Federal.

Dias depois, trechos de mensagens que o ministro trocou com procuradores da força-tarefa da Lava Jato, do Ministério Público Federal (MPF), passaram a ser divulgados por veículos de imprensa, principalmente, pelo site The Intercept Brasil. Segundo o site, os arquivos foram entregues por uma fonte anônima. Segundo a Polícia Federal, o jornalista Gleen Greenwald, um dos editores do site, não é investigado.

 

Outros celulares invadidos

Desde o início de junho, celulares de outras personalidades do mundo jurídico e político também foram hackeados. Há os casos do chefe da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, da juíza da Lava Jato em Curitiba, Gabriela Hardt e do desembargador federal e relator da Lava Jato no Rio de Janeiro, Abel Gomes. Além do aparelho da líder do governo no Congresso, deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), e do ministro da Economia, Paulo Guedes, que chamou os responsáveis de bandidos.


Da Redação
contato@cadernojuridico.com.br

Colabora André Richter
Agência Brasil

pauta@ebc.com.br

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