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Jornal Caderno Jurídico

Política

O Brasil está em guerra faz tempo

18/6/2017 às 16h25 | Atualizado em 18/6/2017 às 16h25 - Gustavo Nicolau
Gustavo Nicolau

O Brasil está em guerra. Sim, querido leitor, estamos em guerra e já faz tempo. E, ao contrário das guerras tradicionais, nas quais geralmente há um perdedor e um vencedor, aqui só há perdedores. Estamos todos em guerra, contra o governo, contra nós mesmos contra o sistema, contra o futuro.

Se, por um lado, o Brasil não enfrenta problemas com furacões, tornados, vulcões, terremotos, por outro, enfrentamos uma guerra sem fim contra uma série de inimigos mortais.

Primeiramente, estamos em guerra contra os governos, que são responsáveis pelas tropas bem aparelhadas da: corrupção, privilégios, tributação excessiva e desorganizada, burocracia desnecessária, desemprego, fiscalização constante, descaso com a coisa pública, péssimos serviços de infraestrutura, saúde, educação e transporte, multiplicação de partidos sem ideologia, apenas interesses, robustas mordomias para os políticos e altos escalões dos três poderes, confusão do dinheiro público com o privado, propinas, poluição do ar e da água, etc.

Mas estamos em guerra também contra um segundo inimigo: o nosso co-cidadão. Sim, porque o nosso vizinho, nosso colega de trabalho, o fornecedor de produtos e serviços, em geral, vem para essa guerra armados com o jeitinho brasileiro, com a malandragem escondida no anúncio, com a cultura da esperteza, com as regrinhas de rodapé, com os preços escandalosos, com a lei de Gerson, gerando desconfiança generalizada e medo constantes. Estamos em guerra também contra os criminosos, que são fruto daquele primeiro batalhão, mas bastante estimulados pelo segundo.

É uma guerra que não se pode vencer. É uma guerra sangrenta, sem fim próximo e que ainda vai produzir gerações e gerações de vidas desperdiçadas, sonhos não realizados, perdas de oportunidades e frustrações. O resultado dessa guerra é visível e palpável no nosso cotidiano, na dificuldade imensa que enfrentamos para se ter uma vida digna e no medo que temos de simplesmente viver. Somos, enfim, todos vítimas.

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